Policlínica Rodolpho Rocco
Educação e saúde
Temos o privilégio de contar com importantes parcerias acadêmicas. Dentre elas, a tão renomada UERJ, nos trazendo contribuições de seus alunos e preceptores as docentes do INU (Instituto de Nutrição), professoras Dra. Lucia Kurdian Maranha e Ms. Glaucia Figueiredo Justo, e com preceptoria da chefia do Serviço de Nutrição da PRR, nutricionista Sheila Assunção Quintes .
Abaixo, segue algumas das atividades desenvolvidas com os nossos usuário.
Agradecemos o empenho e a dedicação das residentes citadas abaixo, e firmamos o compromisso de trilhar nesse caminho de qualidade e eficiência, no nosso atendimento e promoção de saúde.
#aquitematendimento
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Instituto de Nutrição
Estágio Supervisionado de Nutrição em Saúde Coletiva
Ana
Paula da Silva Tomaz, Beatriz Souza, Janaína Fortunado e Thamara Cherem
Peixoto.
Relatório
Final Estágio Supervisionado de Nutrição em Saúde Coletiva na Policlínica
Rodolfo Rocco
Rio
de Janeiro
2014
Introdução
O
nutricionista da área de saúde coletiva, segundo a Resolução 380/2005 do
Conselho Federal de Nutricionistas, é responsável por prestar assistência e
educação nutricional a coletividades ou indivíduos sadios, ou enfermos, em
instituições públicas ou privadas e em consultório de nutrição e dietética.
Estas se dão por meio de ações, programas, pesquisas e eventos, direta ou
indiretamente relacionados à alimentação e nutrição, visando à prevenção de
doenças, promoção, manutenção e recuperação da saúde. Com isso, as áreas
envolvidas nessa competência são: de políticas e programas institucionais, de
atenção básica em saúde e vigilância em saúde (Conselho Federal de Nutricionistas,
Resolução 380/2005).
O
Estágio Supervisionado de Nutrição em Saúde Pública é
disciplina obrigatória do curso de graduação em Nutrição, do Departamento de
Nutrição Social (DNS), do Instituto de Nutrição (INU) da UERJ. Proporciona ao acadêmico de nutrição vivências práticas
na área, permitindo aplicar a avaliação de saúde e nutrição no nível individual
e coletivo, além de integrar ações de educação nutricional.
O
estágio permite o conhecimento da epidemiologia dos problemas nutricionais para
o desenvolvimento de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde. Além
disso, proporciona uma visão geral da área de Saúde Pública, por meio da
integração dos aspectos práticos vividos e conteúdos desenvolvidos nas várias
disciplinas durante a graduação.
Todas as atividades realizadas durante o
Estágio na Policlínica Rodolfo Rocco são supervisionadas por dois docentes do
INU, professoras Dra. Lucia Kurdian Maranha e Ms. Glaucia Figueiredo Justo, com
preceptoria da chefia do Serviço de Nutrição da PRR, nutricionista Sheila
Assunção Quintes e mais outras duas nutricionistas. A carga horária do estágio
na PRR perfaz um total de 300 horas, em dias e horários estabelecidos entre os
docentes e a preceptoria, não devendo ultrapassar a 6 horas diárias, conforme a
Lei nº 11.788, de 2008, da Presidência da República.
As ações são elaboradas pelas estagiárias, com supervisão das docentes e
posterior orientação e aprovação pela chefe do serviço da chefia do Serviço. As
atividades desenvolvidas pelos estagiários estão divididas em atendimento
ambulatorial e práticas educativas.
Atividades Realizadas:
Abaixo se encontra um resumo das
atividades desenvolvidas durante o período do estágio.
Salas
de Espera
As
atividades relacionadas à sala de espera eram realizadas todas as
quintas-feiras no turno da manhã. Logo após cada sala de espera, o grupo se
reunia para fazer uma análise da atividade realizada, onde eram discutidos o
interesse e participação dos pacientes, pontos negativos e positivos que foram
observados. Ao término das discussões, preparávamos um novo tema a ser
trabalhado na prática da semana seguinte, a partir da demanda observada durante
a realização da sala de espera. Os temas trabalhados em sala de espera
encontram-se descritas abaixo:
I:
Tema: Diabetes Mellitus Tipo 1 e Tipo 2- Realizada dia 20/03/2014
O tema
foi abordado devido ao número de casos de diabetes encontrados na
população atendida na PRR e consequente demanda encaminhada ao Serviço de
Nutrição. A partir disso, foi elaborada essa atividade com intuito de elucidar
dúvidas sobre o diabetes, com a finalidade de prevenir o aparecimento de novos
casos e complicações quando esta já diagnosticada.
Os principais tópicos
abordados foram:
·
O que é Diabetes?
·
Diferença entre o tipo1 e tipo 2?
·
Principais sintomas;
·
Principais causas do Diabetes.
·
Complicações;
·
Tratamento medicamentoso e
não-medicamentoso;
·
Metodologia:
Foi elaborado um cartaz
com um vaso sanguíneo e uma célula, onde existia uma seta escrito “insulina” e
outra imagem “glicose”. A partir desse cartaz foi explicado o mecanismo
fisiológico de um organismo normal, sem a presença do diabetes. Em seguida foi
explicado como ocorria na presença do diabetes tipo 1 e no diabetes tipo 2.
A todo o momento
surgiam perguntas sobre o tema, onde as estagiárias com auxílio da professora
Glaucia Figueiredo Justo elucidavam as mesmas. A seguir algumas perguntas
feitas pelos os pacientes:
- Diabetes tem cura?
-Existe chá que trata o
diabetes?
-Posso tomar
refrigerante zero a vontade?
-Qual diabetes é pior
(tipo 1 ou tipo 2)?
- Por que o diabético
tem infecção?
A prática foi bem
aceita, muitas perguntas surgiram e os pacientes foram bastante receptivos.
Muitos pacientes demonstraram interesse de marcar uma consulta com a nutrição
com a finalidade de melhores hábitos alimentares.
Material produzido:
Cartaz
Número aproximado de
participantes: 20
Duração: 1:00h
II:Tema:
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) – Realizada no dia 27/03/2014
Este
assunto foi abordado devido a mesma causa já mencionada para
os casos de Diabetes, como a prevalência na população e encaminhamento ao
Serviço, além do interesse e observações feitas na sala de espera da semana
anterior. Sabendo-se que a HAS apresenta dificuldades no controle dos níveis
pressóricos, pois está associado com outras complicações e co-morbidades, foi
elaborada essa atividade com intuito de prevenir a HAS e controlar as
complicações dessa doença.
Os principais tópicos
abordados foram:
·
O que é HAS?
·
Quais são as causas?
·
Principais sintomas;
·
Fatores que influenciam o surgimento da
HAS;
·
Complicações;
·
Tratamento medicamentoso e
não-medicamentoso;
·
Prevenção;
·
Distribuição de receita de “sal de
ervas” que possui baixo teor de sal. (Anexo 1)
·
Metodologia
Foi elaborado um cartaz
abrangendo os assuntos anteriores, onde foi estimulada a participação da
população atendida. O grupo levou embalagens de alguns alimentos frequentemente
consumidos pela população e montou com isso uma lista, como um “ranking” (com a
ajuda dos pacientes) daqueles alimentos que continham mais sódio/sal, fazendo com
que o entendimento ficasse mais claro e surgisse a curiosidade pela temática.
No final da prática
educativa, com intuito de estimular a adesão ao tratamento e ao mesmo tempo a
prevenção da hipertensão, foi distribuída uma receita de “Sal de Ervas” (Anexo1)
que é uma preparação com baixo teor de sal e rico em ervas
desidratadas,constituindo-se temperos “naturais”. O objetivo foi o de estimular
o consumo desses temperos e reduzir o teor de sódio nas preparações. O
porcionamento da amostra de “Sal de Ervas” foi adequado à necessidade diária
recomendada para um dia de um indivíduo adulto.
Ao final da atividade,
os pacientes fizeram perguntas sobre o tema. Durante a prática a foi dado
orientações para uma alimentação saudável, controle de peso e estímulo de uso
de temperos naturais. Os pacientes foram muito receptivos, inclusive, muitos
voltaram a participar da prática, mesmo após a consulta com o médico.
A prática foi realizada
em duas salas de espera, uma na Clínica Médica e outra na Nutrição. Os
pacientes se interessaram muito quanto ao uso e preparo do sal de ervas.
Material produzido:
Cartaz Hipertensão arterial e receita de “sal de Ervas”.
Número aproximado de
participantes: 22
Duração: 30 min ( em
cada clinica)
III:Tema:
“Você sabe o que contêm nos alimentos?” –
Realizada dia 03/04/2014
Esta
prática foi realizada para um público definido, que foram as crianças atendidas
na Pediatria, porém, também foi realizada na Clínica Médica (com devidas
adaptações ao vocabulário e maneira de abordagem). O objetivo principal foi alertar
aos pais e as crianças a quantidade de açúcar, sódio e gorduras que contém nos
alimentos industrializados e como estes podem interferir no desenvolvimento e
na saúde da criança e, também, interagir com o público infantil para que pudessem
ter um conhecimento maior sobre os ingredientes utilizados nestes alimentos e,
de uma forma lúdica, demonstrar como eles poderiam afetar a saúde.
Assuntos abordados:
·
Quantidade de sal, açúcar e gordura encontrados
nos alimentos mais consumidos pelo público infantil.
·
Que repercussões na saúde podem surgir a partir
da introdução precoce e o alto consumo desses alimentos.
·
Alimentação saudável.
·
Como se adaptar a uma rotina alimentar saudável.
Qual alimento consumir?
·
A importância de se verificar as informações
nutricionais contidas nos rótulos antes da aquisição e consumo.
·
Metodologia
Foram elaborados
pequenos quadros com papel cartão, onde em cada papel foi ilustrado um alimento
(embalagem ou imagem). Nesse mesmo papel foi colocado, em um saquinho plástico
e descrito diante da porção do alimento, a quantidade de sal (sódio) e açúcar
contido e, em forma de figura, a quantidade de gordura em medidas caseira. Essa
exposição foi de acordo com a composição do alimento, por exemplo, um
refrigerante se destaca pela quantidade de açúcar, então apenas esse item foi
destacado, o biscoito recheado se destaca pela quantidade de açúcar e gordura
contido em sua composição então esses itens foram destacados, o macarrão
instantâneo pela quantidade de sódio então apenas o sal foi destacado.
A intenção da exposição
real dos componentes foi deixar mais clara e lúdica a apresentação, fazendo com
que fosse mais fácil o entendimento do público. Com isso foi abordado os
malefícios da oferta precoce desses alimentos ao público infantil, e como o
alto consumo destes alimentos poderiam estar associado ao aparecimento de
doenças.
A prática educativa
teve início com a apresentação do grupo e logo em seguida a orientação sobre o
que iríamos fazer. Um a um, mostramos os quadros com os alimentos mais
consumidos pelo público infantil (bolinho “Ana Maria”®, Coca-Cola®, Macarrão
Instantâneo, etc.) bem como, a quantidade de açúcar, sal e gordura. A cada
miniquadro que era mostrado, as crianças demonstravam que gostavam e consumiam
os alimentos apresentados, uma em especial, chegava a ficar eufórica a cada
alimento exposto. Após isso, houve um momento para serem passadas as
informações dos malefícios causados pelo consumo excessivo dos alimentos que
continham os itens assinalados em excesso. Neste momento, como se tratava da
pediatria, houve a necessidade de se adaptar a forma de expor tais informações.
O que se optou foi passar a informação como um teatro improvisado, em que os
personagens eram: os vilões: gordura saturada e trans e os mocinhos: que eram a
alimentação saudável e, em especial, o HDL.
As crianças ficaram
atentas, prova disso foram os questionamentos que surgiram, como: “A gordura é
mau, né”.
Todos foram orientados
que tudo em excesso não trás benefícios à saúde e que o ideal é um hábito
alimentar saudável.
Depois da pediatria,
seguimos para a Clínica Médica, onde o público era predominantemente adulto,
tivemos que fazer uma abordagem diferente e com os mesmos itens usados na
pediatria.
As duas práticas foram
produtivas, porém ao analisarmos a prática em conjunto, percebemos que
deveríamos ter adotado outra dinâmica junto às crianças, como por exemplo, uma
prática do tipo teatro de fantoches ou ter aprimorado o teatro improvisado que
ocorreu na hora, para prender mais a atenção das crianças e ajudá-las a
entender melhor do que falávamos.
Material produzido:
Mini quadros com a quantidade de açúcar, sal e gordura presente no alimento,
mini quadros com alimentos saudáveis.
Número aproximado de
participantes: 11 (pediatria) e 20 (clinica médica)
Duração: 30min (em cada
prática).
IV: Associação de
Diabetes: Conhecendo melhor o Diabetes – Realizado dia 24/04/2014
Esta prática foi
realizada devido a uma demanda da Associação de Diabetes da PRR,que nos
convidou para realizar uma palestra sobre o assunto. O objetivo foi apresentar
os principais aspectos envolvidos no plano alimentar dos pacientes portadores
de Diabetes Mellitus através de informações sobre a doença, a importância do
tratamento médico e nutricional e discussão sobre mitos e verdades relacionados
a esta patologia.
Assuntos abordados:
·
O conceito de Diabetes Mellitus;
·
Sinais e sintomas do diabetes;
·
Conduta terapêutica no Diabetes tipo 1;
·
Insulinoterapia
·
Plano alimentar, e seus os critérios a serem
avaliados antes de propor um plano alimentar, alimentos a serem evitados e
introduzidos na dieta, seus horários, quantidades e fracionamento;
Assuntos
abordados:
·
Definição;
·
Gorduras saturadas;
·
Gordura trans;
·
Colesterol;
·
Ácidos Graxos Poliinsaturados (W3 e
W6);
·
Ácidos Graxos Monoinsaturados;
·
Gráfico contendo informações da
composição de alguns óleos como: coco, palma, algodão, amendoim, soja, oliva,
milho, girassol e canola. (em anexo);
·
Elaboração de folders com informações
sobre o tema. (em anexo).
·
Você sabia? – Com informação do
aquecimento do óleo a altas temperaturas.
Logo após a montagem do
mural, foi realizada a uma prática educativa em que foram passadas informações
sobre os tipos de óleos e gorduras, como eles são utilizados e como agem em
nosso organismo, exemplos de alimentos onde podemos encontrá-los e, de acordo
com o gráfico, quais as diferenças entre a composição dos óleos e vantagens e
desvantagens na hora da compra e como avaliar custo e benefício a partir da
composição de cada um.
Os pacientes mostraram
interesse pelo tema, antes mesmo de falarmos sobre alguns dos assuntos
mencionados acima, eles já nos perguntavam, tais como: qual é o melhor óleo? O
canola ou de soja? Ou então: todo biscoito recheado é cheio de gordura né?
Todos participaram
bastante, inclusive, sempre mencionavam como preparavam suas refeições a fim de
saber se estavam agindo de forma apropriada e saudável. Como por exemplo, uma
paciente falou que usava azeite em todas as preparações, ou seja, inclusive
para refogados e frituras, então, foi explicado que o azeite tem propriedades
excelentes para saúde, como seu efeito no auxílio de diminuir o colesterol,
porém devia ser consumido a temperatura ambiente por ocorrer alguma perda
nutricional quando aquecido. E, que o mesmo deveria ser usado com moderação,
afinal trata-se de uma gordura e como tal, aumenta o valor calórico diário.
Um paciente que
terminou sua consulta retornou para participar mais da prática e saber maiores
informações sobre o tema.
A prática foi
amplamente rica em relação à troca de informações. Muitos pacientes já estão
atentos em relação a muitos alimentos que possuem teor elevado de gorduras que
não trazem benefícios à saúde.
Finalizou-se com a
distribuição de folders (apêndice 1) contento as informações que foram
apresentadas a todos.
·
Metodologia
As estagiárias
apresentaram o tema em forma de cartaz, onde foram abordados os assuntos
descritos anteriormente. No cartaz foi desenhado um vaso sanguíneo e uma célula
que serviram para auxiliar na explicação sobre o funcionamento normal do
organismo e quando existe o Diabetes.
Também foram utilizadas
algumas perguntas que foram feitas aos participantes em forma de mitos e
verdades no intuito de lhes elucidar dúvidas que ainda persistissem. Abaixo
estão descriminadas as frases utilizadas para a dinâmica “Mitos e Verdades”:
O consumo de frutas está liberado para
quem tem diabetes - Mito!
Existe um limite de
consumo, especialmente para quem tem diabetes. O açúcar está presente em vários
alimentos da nossa dieta, inclusive em frutas, na forma de frutose. Apesar do
baixo índice glicêmico e alto teor de fibras, especialmente na casca e no
bagaço, o consumo do açúcar presente em frutas não tem o mesmo efeito que o
açúcar de mesa. Não podemos dizer, no entanto, que é possível consumir frutas à
vontade. O melhor é evitar consumir isoladamente, e dar preferência por
consumi-las como sobremesa após as refeições ou acompanhadas com leite, aveia,
linhaça e granola diet.
Dá para evitar a administração de
insulina se você não ingere carboidratos - Mito!
Não necessariamente. No
Diabetes Tipo 1 é necessária a aplicação de insulina, diariamente, já que o
pâncreas não produz mais esse hormônio. Portanto, mesmo que não coma
carboidratos a pessoa com diabetes precisará aplicar insulina. No tratamento do
diabetes Tipo 2 podem ser usados tanto a insulina quanto hipoglicemiantes
orais.
A utilização destes
medicamentos depende de prescrição médica e do nível de glicemia do indivíduo,
determinados em parte pelo consumo de carboidratos. Se a glicemia estiver
controlada, o uso de medicamentos pode, até, ser suspenso, mas apenas com
orientação médica.
Sou diabético, preciso substituir o
açúcar por adoçante -Verdade!
A primeira preferência
é evitar adicionar açúcar ou adoçantes aos alimentos e preparações, caso seja
possível. Na impossibilidade, os adoçantes substituem o uso de açúcar para
pessoas que precisam controlar a ingestão deste ingrediente, mas é preciso
saber usar os adoçantes: não exagerar nas quantidades e saber quais podem ter
uso culinário (e, portanto, serem submetidos a temperaturas elevadas com o
cozimento). O excesso de adoçante pode levar à baixa adesão na substituição do
açúcar, em virtude do sabor residual do adoçante (o chamado “gosto amargo” que
fica na boca). Uma orientação é colocar aos poucos e experimentar até achar a
quantidade ideal para você, pois varia de uma pessoa para outra.
Além disso, pessoas com
diabetes que também apresentem hipertensão arterial precisam escolher adoçantes
que não contenham sódio na composição. Para isso, a leitura do rótulo é
importante.
Alguns alimentos ajudam a controlar os
níveis de glicose no sangue - Verdade!
Alimentos com índice glicêmico baixo reduzem a absorção
da glicose no sangue e, portanto, não provocam picos glicêmicos. Quando esse
índice é elevado, a absorção de glicose é rápida, o que provoca pico de
glicemia num curto período de tempo. Alimentos ricos em fibras, como algumas
frutas, verduras e cereais, têm baixo
índice glicêmico e podem auxiliar no controle dos níveis de glicose no sangue.
O horário para início
da Prática Educativa, que inicialmente seria às 8h, começou somente às 9h, pois
estava ocorrendo uma oficina no Lar dos Idosos e, como praticamente os
participantes da prática eram os mesmos, foi orientado esperar até este horário
para que houvesse tempo de todos, ou quase todos, participarem desta prática.
Algumas perguntas foram
levantadas pelos participantes e as respostas efetuadas:
- Quem tem Diabetes não
pode comer doces? Aproveitou-se para explicar que o “doce” (carboidrato que é
metabolizado em glicose, para ser disponibilizado no sangue e posteriormente
para energia celular) não advem apenas de alimentos doces, mas, também, de
alimentos salgados;
- É bom comer arroz
integral? Neste caso foi abordada a importância deste tipo de alimento e dos
demais de origem integral, por sua propriedade de diminuir o índice glicêmico e
promover saciedade;
- Frutas são boas né!
Podemos comer à vontade? Sim, frutas são excelentes fontes de vitaminas,
minerais, contêm fibras, mas não podemos comê-las à vontade, pois elas também
possuem “açúcar” chamado de frutose, por isso temos as recomendações de porções
diárias destes ítens e, como para o diabético é essencial o controle de
glicose, é importante estar atento a essas recomendações de acordo com o seu
plano alimentar.
As estagiárias
finalizaram a prática e foram convidadas para um coffee break. Logo em seguida,
voltaram para a sala de atendimento.
Essa prática se mostrou
um pouco mais desafiadora, já que não se tratava de uma sala de espera, mas de
uma palestra onde as estagiárias foram convidadas a ministrar em um auditório e
para um público específico, e estes, por já terem a doença diagnosticada,
alguns já por anos, já sabem muito sobre a doença, e por isso se fazia
necessário mais informações adquiridas previamente através de estudos.
Material produzido:
Cartaz Diabetes Mellitus: tipo1 x tipo2.
Número aproximado de
participantes: 17
Duração: 1:30h.
V: Lar do
Idoso-Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) – Realizada dia 08/05/2014
Prática realizada a
partir de uma demanda do grupo Lar do Idoso que solicitou ao Serviço de
Nutrição uma palestra sobre o assunto.
Assuntos abordados:
·
O que é hipertensão?
·
Causas (ênfase no consumo exacerbado de
sal pela população brasileira e o alto consumo de produtos industrializados
ricos em sódio);
·
Principais sintomas;
·
Tratamento (importância de seguir o
tratamento prescrito pelo médico e a adoção de hábitos de vida saudáveis);
·
Complicações da doença;
·
Prevenção (hábitos alimentares e de vida
saudáveis);
·
Dinâmica – Mitos e verdades;
·
Distribuição de receita e porção
individual de “sal de ervas”.
·
Metodologia
Foi elaborado um cartaz
abrangendo os assuntos anteriores, onde foi estimulada a participação da
população atendida. Logo após, foi realizada a dinâmica “Mitos e Verdades” que
abordou algumas dúvidas e hábitos tradicionais mais praticados e presente no
cotidiano da população em relação à Hipertensão, que foram discutidas e esclarecidas.
No final da prática
educativa, com intuito de estimular a adesão ao tratamento e ao mesmo tempo a
prevenção da hipertensão, foi distribuída uma receita com uma porção individual
de “Sal de Ervas” (Anexo1) apresentando algumas dicas de preparo.
As estagiárias de
nutrição se dirigiram ao Lar do Idoso para dar início a Prática Educativa, no
entanto houve a necessidade de se aguardar inicio a atividade, pois os idosos
estavam terminando uma atividade.
Ao entrar na sala do
grupo, os mesmos aguardavam para começar uma atividade de fisioterapia. A
fisioterapeuta perguntou para as estagiárias se em 15 minutos a atividade
poderia realizada para que não se utilizasse todo o seu tempo que já era para
realizar outra atividade.
A partir disso, foi
iniciada a prática, onde a primeira pergunta foi se alguém tinha ou conhecia
alguém com HAS, e alguns se manifestaram respondendo a essa pergunta. Logo
após, começou se a explicar sobre a HAS, utilizando um cartaz que continha uma
síntese do que é, as causas, sintomas, prevenção e cuidados em relação à
doença.
Em seguida, foi feita a
dinâmica de “mitos e verdades” e na frase em que dizia que a ingestão de
alimentos ricos em potássio auxiliava na diminuição da pressão arterial e foram
citados os alimentos (banana, folhosos verdes escuros, feijão, laranja,
beterraba, etc.) um participante começou a questionar dizendo que tinham muitas
pessoas participando que também tinha diabetes e que não se podia falar desses
alimentos, pois eles faziam mal para essas pessoas, foi então que lhe foi
explicado que estava sendo feita uma orientação geral e que para um melhor
aconselhamento e adequação de uma dieta alimentar era necessário marcar uma
consulta para uma avaliação individual e, aproveitou se também, para dizer que
quem quisesse podia solicitar um encaminhamento médico para a nutrição e marcar
uma consulta com a nutrição.
Para finalizar a
prática foi distribuído o Sal de Ervas, orientando a todos que se tratava de
uma receita que continha pouquíssimo sal e algumas ervas como: manjericão,
alecrim, salsa e orégano, todos desidratados, e que poderia ser utilizado no
tempero de carnes em geral e em outras receitas que quisessem experimentar.
Foi ressaltada que a
amostra distribuída era apenas uma porção individual, portanto continha a
quantidade de sal a ser usada durante um dia, sendo assim, não deveriam
utilizar tudo de uma vez para uma preparação individual.
Ao fim da palestra
houve os agradecimentos pelo convite e a disponibilização para sanar qualquer
dúvida e se reforçou que para os interessados, poderiam marcar uma consulta com
a nutrição.
Material produzido:
Cartaz hipertensão arterial sistêmica e porção de sal de ervas com a receita.
Número aproximado de
participantes: 20
Duração: 15min.
Mural: Tipos de óleo e gorduras. – Dia
15/05/2014
O Mural foi
confeccionado com o tema “Tipos de óleos e gorduras” a pedido da chefia do
Serviço de Nutrição Sheila Assunção Quintes, devido a se tratar de uma grande
dúvida entre os pacientes acerca de qual óleo vegetal é mais saudável para uso
em culinária.
Assuntos
abordados:
·
Definição;
·
Gorduras saturadas;
·
Gordura trans;
·
Colesterol;
·
Ácidos Graxos Poliinsaturados (W3 e
W6);
·
Ácidos Graxos Monoinsaturados;
·
Gráfico contendo informações da
composição de alguns óleos como: coco, palma, algodão, amendoim, soja, oliva,
milho, girassol e canola. (em anexo);
·
Elaboração de folders com informações
sobre o tema. (em anexo).
·
Você sabia? – Com informação do
aquecimento do óleo a altas temperaturas.
Logo após a montagem do
mural, foi realizada a uma prática educativa em que foram passadas informações
sobre os tipos de óleos e gorduras, como eles são utilizados e como agem em
nosso organismo, exemplos de alimentos onde podemos encontrá-los e, de acordo
com o gráfico, quais as diferenças entre a composição dos óleos e vantagens e
desvantagens na hora da compra e como avaliar custo e benefício a partir da
composição de cada um.
Os pacientes mostraram
interesse pelo tema, antes mesmo de falarmos sobre alguns dos assuntos
mencionados acima, eles já nos perguntavam, tais como: qual é o melhor óleo? O
canola ou de soja? Ou então: todo biscoito recheado é cheio de gordura né?
Todos participaram
bastante, inclusive, sempre mencionavam como preparavam suas refeições a fim de
saber se estavam agindo de forma apropriada e saudável. Como por exemplo, uma
paciente falou que usava azeite em todas as preparações, ou seja, inclusive
para refogados e frituras, então, foi explicado que o azeite tem propriedades
excelentes para saúde, como seu efeito no auxílio de diminuir o colesterol,
porém devia ser consumido a temperatura ambiente por ocorrer alguma perda
nutricional quando aquecido. E, que o mesmo deveria ser usado com moderação,
afinal trata-se de uma gordura e como tal, aumenta o valor calórico diário.
Um paciente que
terminou sua consulta retornou para participar mais da prática e saber maiores
informações sobre o tema.
A prática foi
amplamente rica em relação à troca de informações. Muitos pacientes já estão
atentos em relação a muitos alimentos que possuem teor elevado de gorduras que
não trazem benefícios à saúde.
Finalizou-se com a
distribuição de folders (apêndice 1) contento as informações que foram
apresentadas a todos.
CONCLUSÃO
O Estágio realizado na
Policlínica Rodolfo Rocco, possibilitou vivência prática na área de Nutrição em
Saúde Coletiva, permitindo que fossem consolidados conhecimentos adquiridos
durante a graduação.
O estágio permitiu,
também, o conhecimento do Serviço Público de Saúde, perfil da população e a
realidade do serviço.
Todas as atividades
desenvolvidas acrescentaram no processo de formação, somando na construção do
conhecimento.