#aquitematendimento
A saúde da sociedade está na não violência. Os maus tratos contra as mulheres adoece as famílias e provoca a degradação do ser humano. Toda a sociedade deve estar mobilizada, buscando a utopia de que podemos ter um mundo alimentado pelo respeito, pela igualdade de gênero, pelo acesso democrático à saúde, por suportes governamentais, que proporcionem, a todos, liberdade, autonomia e respeito,enfim, orientando, dando suporte de saúde à quem violenta e à quem é violentado.Somos uma Unidade comprometida com a saúde, em busca do exercício de cidadania pleno e eficaz.
Lidia de JesusA violência sexual e doméstica contra as
mulheres e adolescentes é considerada como
uma grave violação dos seus Direitos Humanos
e um problema de saúde. Acontece em todas
as camadas sociais e em todas as fases da vida,
muitas vezes iniciando-se ainda na infância.
A violência que acomete mulheres e
adolescentes no espaço doméstico, na maioria
das vezes ainda é mantida em silêncio pela
própria vitima e também pela família. Nos casos
das adolescentes, essa situação é agravada
pela falta de poder, pelo medo de denunciar
os familiares e pela dificuldade de encontrar
proteção social que lhes permita realizar a
denúncia sem sofrer outras violências.
A violência contra mulheres e adolescentes se
revela de várias formas e nem sempre ela é
clara ou explícita. É definida como qualquer
conduta de discriminação, agressão ou coerção
que cause dano, morte, constrangimento,
limitação, sofrimento físico, psíquico, sexual,
moral, social, político, econômico ou perda
de bens materiais.
As mulheres e adolescentes que sofrem
violência sexual ou outro tipo de violência
estão mais expostas e vulneráveis a problemas
de saúde tanto físicos como mentais. Os riscos
da violência podem estar relacionados à
gravidez indesejada, à transmissão de doenças
sexualmente transmissíveis e a traumas físicos
e psicológicos, inclusive o suicídio. Também
a sentimentos de alienação do meio em que
vivem, isolamento e problemas sexuais.
Essas pessoas podem ter ainda como
conseqüência da violência uma maior tendência
a dores crônicas, problemas de saúde mental
como abuso de álcool e drogas, doenças
crônicas do aparelho genital, distúrbios
gastrintestinais, enxaquecas e outras queixas.
No caso das adolescentes e jovens, a violência
traz graves conseqüências para o desempenho
escolar e para o seu futuro desenvolvimento
profissional.
Os governos de todos os países e as Nações
Unidas criaram leis e convenções para
proteger as mulheres, adolescentes e crianças
dos diversos tipos de violência. Dentre elas,
a Convenção Interamericana para Prevenir,
Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher,
a “Convenção de Belém do Pará” (1994); e
a Convenção sobre Eliminação de Todas as
Formas de Discriminação Contra as Mulheres
(1979).
No Brasil, o Código Penal contém vários
artigos que tratam da violência sexual; o
Estatuto da Criança e do Adolescente protege
essa população de maus-tratos e violência,
e define como a sociedade deve enfrentar
e resolver o problema; as leis federais que
tratam da violência contra as mulheres e
adolescentes definem também como os
serviços públicos devem tratar esta questão.
As mulheres e as adolescentes que sofrem
violência têm direito não só à proteção legal,
mas a serem atendidas nos serviços públicos
– saúde, justiça e delegacias – de forma
respeitosa, digna e humanizada. A sua palavra
deve ter credibilidade e o poder público tem o
dever de proteger, cuidar e encontrar soluções
para amenizar os danos sofridos.
Fonte:abenfo.redesindical.com.br
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