A Esporotricose é uma micose provocada pelo fungo Sporothrix schenckii. Atinge a pele, o tecido subcutâneo e os vasos linfáticos, mas pode afetar também órgãos internos.
O fungo causador da doença é encontrado na natureza (solo, palha, vegetais, madeira) e a instalação da doença se dá através de ferimentos com material contaminado, como farpas ou espinhos. Animais contaminados, principalmente gatos, também podem transmitir a Esporotricose através de mordeduras ou arranhaduras.
É uma zoonose, ou seja, é uma doença que pode ser transmitida do animal para o homem, tanto através do contato direto com secreções ou excreções, quanto através da ingestão de alimentos contaminados de origem animal.
O proprietário responsável evita que seu animal contraia zoonoses e as transmita a outras pessoas e animais, vacinando-o anualmente contra a raiva e outras doenças e levando-o regularmente ao veterinário para consultas de rotina e vermifugação.
Esporotricose felina
Esporotricose humana
Por que são os gatos que mais transmitem essa doença aos humanos?
Porque são eles que enterram seus dejetos em areias e/ou terras e afiam suas unhas em madeiras, palhas e demais locais onde o fungo se aloja.
Animais e humanos doentes são tratados da mesma forma e usam a mesma medicação, portanto não há necessidade de sacrificar o animal e sim tratá-lo para evitar que a doença se propague. Outra forma essencial de se evitar a propagação da doença entre os felinos é a castração a partir do 4º mês de vida do animal e evitar que seu animal vá para a rua.
Cuidar de seu animal é sua responsabilidade e, mais que isso, uma forma de amor.
Sintomas mais comuns em humanos:
Lesão primária em pápula, nódulo, lesão nódulo-ulcerada ou placa vegetante em trajetos dos vasos linfáticos, nas extremidades superiores, formando uma cadeia de nódulos indolores que podem amolecer e ulcerar. A dor, quando associada, pode revelar infecção secundária.
Pode acometer os olhos manifestando-se como conjuntivite com presença de granuloma.
Cuidados com seu animal durante o tratamento:
Evitar manipular desnecessariamente o animal, usar luvas durante o cuidado, lavagem cuidadosa das mãos, isolamento do animal doente de outros animais da casa, higienização do ambiente para reduzir a quantidade de fungos dispersos e em caso de morte do seu animal, ele não deve ser enterrado e sim cremado para evitar recontaminação do solo.
Onde tratar a pessoa suspeita ou contaminada?
O diagnóstico clínico será feito pelo médico da família nas Unidades Básicas de Saúde, sem necessidade de confirmação laboratorial. Quando houver necessidade de encaminhamento as Unidades Secundárias de Saúde (Policlínicas) haverá necessidade de diagnóstico com realização de exame micológico.
O diagnóstico definitivo é feito pelo isolamento em cultura feito no Noel Nutels.
Onde tratar o animal doente?
No Rio de Janeiro o animal pode ser encaminhado à Unidade de Medicina Veterinária da Prefeitura, que presta atendimento de segunda a sexta feira, manhã e tarde, com distribuição de números por ordem de chegada. Para maiores informações acesse o site www0.rio.rj.gov.br/ijv.
Tratamento:
Somente por orientação médica (humanos) ou veterinária (animais) é usado, habitualmente, o Itraconazol, em doses estabelecidas pelos referidos profissionais, e o Iodeto de Potássio.
O tempo médio de tratamento é de 90 dias, podendo se estender até 1 ano.
Encaminhamento especiais:
- GESTANTES
-SITUAÇÕES DE CONTRA- INDICAÇÃO AO USO DO Itraconazol
- HIV +
- USO DE IMUNOSSUPRESSORES
- ESPOROTRICOSE OCULAR
Na Policlínica Rodolpho Rocco o atendimento é feito pelos profissionais:
Dr. Gilberto – 3ª e 6ª feiras – 10h
Enfª Marcia Rita – 3ª a 6ª feira – pela manhã
Aux. Enferm. Elizabeth – 2ª,3ª e 5ª feiras – pela manhã
Márcia Rita é Enfermeira , com formação
e pós graduação pela UFRJ em Enfermagem do Trabalho
com ampla experiência no atendimento na Clínica de Infectologia
e, tem um amor intensamente HUMANO, pelos animais.
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